terça-feira, 17 de novembro de 2009

Posso Voltar?




Posso voltar?

(Sthenio Coutinho - Ruah Jah)

Um pródigo filho andarilho num terreno inóspito...
O prólogo segue
A propósito eu sei...que amargurei a insensatez de te deixar

Tenho sede... quero sal!
Prefiro, profiro e me firo com o mal-me-quero-bem-não-quero
Cruz credo o ex-credo da cruz ex-crivo escrevo alforria do escravo
Lentilhas amargas, partilhas sem mágoas...

Pus mordaças no meu melhor amigo, me escondi em folhas de figo...
Minha fuga...
Meu exílio...
Prazer frívolo...

É bem difícil em meio aos edifícios...
Me livrar do versículo, me lembrar do vício...
Perceber meus amuletos, se tornarem obsoletos...
Meu delírio...
Meu arbítrio...
Meu suplício...
Meu alívio...
Precipício ou céu?

O céu de amar - elinhas...
O fel de amar - elinhas...

Elas, elos, evas, egos, ervas, éros...

Seu trabalho...meu prazer...
Meu contrato...seu dever...
Sua paga...meu remorso...

No copo de agu'ardente procurei douçura,
No leito amarrotado da prostituta,
A fome me embrulha as entranhas,
Estranhas íntimas...
Lembranças ínfimas...

O eco do canto do galo e Eu.
O eco do canto do galo e Eu.

Desfibrila meu hábito, meu ócio, meus versos com mau hálito, meu óbito.
Ocilo...
Ocilo...
Firme como um prego na areia...
Meu andar cambaleia...
Sem eira nem beira a vergonha faz pirraça esperneia...

Posso voltar?
Abba posso voltar?

Amargurei a insensatez de te deixar.

Amargurei a insensatez de te deixar.

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