sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Temporal






Um vento forte sopra lá fora,
as cortinas coloridas de flores da janela
bailam numa dança frenética
ao som da sinfonia cantada pelas folhas das árvores em movimento,



O movimento que se move nas folhas,
se mistura com o som do temporal,
Gotas espessas sobre um céu cor de chumbo,
a terra molhada exala seu aroma,
o doce aroma das flores do jardim perfumam o ar,
e são sacudidas com violência pelo vento impestuoso.


A fragilidade delas é revelada,
algumas tem suas pétalas arrancadas
e espalhadas pelo vento.


Uma pétala repousa sobre um livro
o livro está em cima de uma mesa
a mesa está vestida em uma toalha branquíssima...
A pétala se destaca na pureza da cor da toalha.


Algo se movimenta no interior da casa,
Ouve-se som de passos leves, e saltitantes,
corre-se para janela e fecham-se os vidros,
As cortinas florais cessam a dança frenética,
o silêncio instala-se.


Um olhar observa através do vidro límpido
as espessas gotas que caem sobre a terra seca.
Um ímpeto lhe invade o coração
abre os vidros da janela com toda a força
E num salto pula e corre pelo jardim
acompanhando o som das folhas das árvores,
o som do temporal,
e como quem tem asas
dança num infindável momento

Único

Vivo

Verdadeiro.

Um comentário:

Márcia Justiniano disse...

Vida na alma,no corpo, com todos os sentidos.
Lindo como você.
Beijinhos