Um tempo atrás um amigo meu me indagou que eu respondesse a uma pergunta lançada no tópico de sua comunidade...apesar de ser um assunto meio clichê, desgastado etc. , é interessante como assuntos como esse ainda causam grande dúvidas nos cristãos!
Resolvi postar aqui deixando a minha opinião pessoal sobre o tema, ainda tão polêmico no nosso meio.
Música "secular"
O que você acha de cristãos que houvem músicas "não crente" ? É certo ou errado?É possível ouvir coisas boas que possam ser aplicadas na nossa vida? Dê sua opinião.
Primeiro, há algo que é incontestável ...Deus é criativo.
E essa criatividade é óbvia mesmo em olhares mais desatenciosos, basta olharmos pra natureza, e olharmos pra dentro de nós ....o mundo que é a nossa mente! Mas voltando o assunto, fico muito preocupada quando queremos tratar o evangelho de Cristo como um conjunto "sim e não", "pode e não pode" é limitar demais o plano de Deus em criar a terra, a humanidade, o relacionar-se com a pessoa Dele.
Queremos o tempo todo nos amarrar a um conjunto de regras porque é difícil viver na liberdade, na graça, vivemos como fariseus pós-modernos , talves até piores do que eles.
Mas enfim , o mesmo acontece com relação a música, há alguns irmãos por aí que pensam que ouvir música do "mundo" (somos extra-terrestres?) ou "secular" é pecado, não é de Deus, não edifica etc.
Vamos pensar juntos, Deus nos criou...seres criativos, nos deu dons, talentos...pra todos, isso é incontestável. A verdade é que a nossa música popular brasileira é riquíssima de significado, de letra, de música, e eu estenderia isso até mesmo pra outros estilos de reggae, rock, blues, jazz etc. onde encontramos verdadeiras pérolas, e poesias que falam de nossa existência, da natureza, da busca do ser humano por respostas, do amor...
Quem foi que disse que a música de adoração a Deus tem que ser apenas em um estilo? aliás inventamos um novo estilo musical no nosso gueto gospel....o estilo adoração....e esse estilo segue a mesma regra por quase todos os nossos cantores, repetições de frases intermináveis (mais parecendo um mantra), isso fora a pobreza musicalmente falando.
Há aqueles que não pertencem a esse grupo, mas que incoerentemente são ouvidos por poucos. Músicos como João Alexandre, Nelson Bomilcar, Sergio Pimenta, Nengo Vieira, tribo do Louvor ...entre tantos outros e mais atualmente Crombie.
A arte nos remete a Deus, o que temos criado em relação a música, letra, poesia, realmente tem chegado até o coração de Deus?Tem várias músicas "seculares" que ouço, gosto, e que me remetem a Deus, que eu realmente entro em contato com o criador ouvindo esses sons...essas músicas, claro que em tudo devemos ter equilíbrio, há muita besteira e coisas ruins tocando nas rádios brasileiras, precisamos filtrar.
É sempre bom dar uma conferida na letra antes de sair cantando qualquer coisa, mas realmente não podemos ser legalistas a ponto de nem sequer ouvir as músicas, e taxá-las de música do inferno. Deus nos deu criatividade, nos fez seres criativos, devemos sair de nosso gueto gospel, onde o que agente canta, só nós mesmos que entendemos ...tal é o número de códigos e palavras desconhecidas à aqueles que não pertence a nosso gueto. Fico pensando em um não crente ouvindo uma rádio evangélica, talvez ele consiga entender pouca coisa do que falamos em nossas letras. Cade a poesia? a natureza? as indagações de nossas existência, a propria adoração com simplicidade...em nossas letras?
Que Deus levante músicos com integridade e que vivam a verdade intensamente, a ponto de não separar "secular" "sagrado" em suas letras, mas exaltar a Deus pelo dom da vida, e levar essa mensagem a todo mundo, fazendo com que o reino de Deus seja de amor e inclusão.
Parece que os cantores "de fora", conseguem expressar isso, infelizmente melhor do que nós, e desconfio de que Deus se agrada da música deles também.
Paz do mestre a todos!
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Guidom
Crombie
Composição: Paulo Nazareth
Eu sigo certo na contra-mão
do meu desejo equivocado
Passei no meio da confusão
andando sempre orientado
Eu não pedalo sozinho não
quem foi que disse que eu controlo meu guidom?
Quem me guia é quem me fez
e eu vivo um dia de cada vez
Que é pra eu não me perder
nem me equivocar no meu querer
Quem me guia é quem me fez
e eu vivo um dia de cada vez
Deixo pra trás
a vontade de desistir
Trago comigo
a esperança no porvir
e a força pra prosseguir
sexta-feira, 18 de julho de 2008
Instante.
Mas por que instante?
O Instante pode ser variável,
o instante não é rotineiro,
o instante permite aventuras,
sorrisos, conversas francas,
lágrimas nos olhos, desabafo.
O instante pode ser mágico, mas também trágico.
O instante permite o que quisermos, basta assim decidirmos. Eu decido o que fazer com meu Instante, mas o que faço com o meu interfere intensamente no seu. Então a responsabilidade aumenta porque além de decidir o meu instante eu também posso influenciar no instante do outro. E assim entra a co-responsabilidade.
Somos seres que dependem uns dos outros e que dependemos de um ser superior que influencia (e modifica) o nosso instante posterior.
Pensemos e escolhamos um instante mais agradável.
Pontapé
Assinar:
Postagens (Atom)